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A professora Breanne Fahs ofereceu um crédito extra para alunas que estivessem dispostas a “parar de depilar axilas e pernas por dez semanas ao longo do semestre, mantendo um relatório para documentar suas experiências”. Para Fahs, que leciona Estudos Femininos e de Gênero, o objetivo foi gerar uma consciência crítica nos estudantes sobre regras da sociedade e os papéis de gênero. 


Uma das estudantes, Stephanie Robinson, afirmou que a experiência mudou sua vida:



“Muitos amigos não queriam trabalhar perto de mim ou ouvir sobre a experiência, e minha mãe ficou desesperada com a ideia de que eu iria me casar de vestido branco e com pelos embaixo do braço. Eu também reparei nos olhares de estranhos e pessoas do campus que pareciam totalmente enojadas com o meu pelo corporal. Definitivamente, me fez ver que se você não adere fielmente um papel de gênero pré-escrito, o seu corpo vira um lugar de contestação e opinião pública.


Alunos homens receberiam a nota por raspar todos os pelos do pescoço para baixo.

Para os homens, a experiência parece ter sido mais fácil, uma vez que depilação em homens já é algo mais aceito e as vezes até esperado.

A regra de que mulheres devem raspar seus pelos corporais se origina de um esforço da marca Gillette para aumentar o seu mercado. Em 1915, a marca começou uma campanha denunciando os pelos femininos embaixo do braço (até então inofensivos) como algo obsceno, masculino e sujo. Na década de 20, o inimigo eleito foram os pelos nas pernas e foi glamourizada a sensação de ter uma perna “suave e sedosa”.

Ainda, antes da primeira guerra mundial, virtualmente nenhuma mulher americana depilava as pernas. No ano de 1968, 98% das mulheres menores de 44 já tinham adquirido o hábito”.

Em 2010, a atriz Americana Mo’Nique – que ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante pelo seu papel no filme Preciosa – causou um pequeno escândalo ao aparecer na premiação do Globo de Ouro sem raspar as pernas. Esse ano, algumas celebridades – incluindo Cameron Diaz, vieram a tona pedindo uma maior tolerância com as escolhas das mulheres.



A professora Fahs recebeu um prêmio da American Psychological Association (Associação Americana de Psicologia), em reconhecimento pela sua proposta e já foi contatada por outras universidades interessadas em usar o exercício nas aulas.




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